A iniciativa europeia Euro4Science 2.0, coordenada pela Universidade de Aveiro, recorreu ao estúdio da Unidade de Computação Científica. O objetivo passa por promover a Biologia Forense nas escolas secundárias.
Séries televisivas tornaram a imagem conhecida. Profissionais de bata e óculos de proteção analisam meticulosamente um pedaço de material. O mesmo cenário passou, no início de 2019, pelo Estúdio da Unidade de Computação Científica. O objetivo final é a produção de 10 vídeos tutoriais que servirão para apoiar a realização de atividades em escolas secundárias.
A iniciativa parte do Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro – que coordena este projeto internacional (financiado pelo Erasmus+), com a parceria do Agrupamento de Escolas do Distrito de Aveiro. De acordo com Joaquim Pedro, membro deste departamento, o Euro4Science inclui a distribuição de um toolkit (uma mala com instrumentos de biologia forense) para fazer experiências em contexto de sala de aula.
Através do vídeo, sublinha o responsável, é possível auxiliar os professores e tornar a experiência “mais apelativa, até porque estes são conceitos que não são conhecidos por muitos estudantes”. No mesmo sentido, o Euro4Science inclui um manual e formações específicas para professores (nacionais e internacionais) dinamizadas pela Universidade de Aveiro.
Na construção destas experiências, explica Joaquim Pedro, houve também a preocupação de “incluir materiais de fácil acesso”, adaptando as atividades à realidade escolar. Um dos exemplos referidos diz respeito a uma experiência de eletroforese que é possível fazer com clips e uma caixa de plástico.
Motivar para a Ciência
Ao longo dos anos, a imagem do cientista forense tem-se consolidado, nomeadamente nas gerações mais jovens, graças às séries de televisão. Através deste projeto, explica Joaquim Pedro, pretende-se “recriar um pouco do ambiente CSI nas escolas”. “Esta é uma forma de motivar os estudantes, mostrando que, por trás daqueles personagens, há um conhecimento científico que permite chegar às conclusões”, reforça.
No Estúdio FCCN, destaca, a Universidade de Aveiro encontrou “todas as condições”, sublinhando as vantagens da tecnologia profissional de Chroma ou iluminação. Por outro lado, detalhes como a existência de teleponto poderão são especialmente importantes, tendo em conta que os figurantes são alunos de biologia, sem experiência perante as câmeras. “Ter estas condições facilita muito”, destaca Joaquim Pedro, antes de concluir: “Vai fazer a diferença no resultado final”.
Recorde-se que o Estúdio FCCN está ao dispor de todos os membros da comunidade científica e académica nacional que pertençam às instituições de ensino aderentes à Rede Ciência, Tecnologia e Sociedade (RCTS). As marcações podem ser feitas em: https://www.fccn.pt/colaboracao/estudio/