No Dia Mundial do Programador, que se comemora a 12 de setembro, falámos com um dos colaboradores da FCT, na unidade de serviços digitais FCCN, que desempenha essas funções. Tiago Pereira trabalha na Área de Serviços Internos desde 2020 e conta-nos mais sobre esta profissão, dando a conhecer a sua relevância atual e perspetivas futuras.

“O programador não é apenas um executor, mas um parceiro estratégico na construção de uma empresa mais eficiente, competitiva e inovadora”, diz.  

– O que mais valorizas e te motiva na tua função enquanto programador? 

A sensação de resolver problemas e ver uma ideia a ganhar vida. Também gosto de estar sempre a aprender, já que a tecnologia está em constante mudança. E, claro, ver o impacto do meu trabalho nas pessoas e nos projetos é sempre uma motivação enorme! 

– O que te fez seguir a carreira de programador? 

Foi, em grande parte, o meu interesse por jogos de computador. Na hora de escolher o meu percurso profissional, refleti sobre o que realmente me fazia feliz, e naquela fase da minha vida, com 18 anos, os jogos tinham um papel fundamental. Decidi então explorar a programação como uma forma de unir a minha paixão por jogos com uma carreira que me desafiaria e me realizaria. Não estou na área de desenvolvimento de jogos de computador, mas continuo a jogá-los!  

– Qual o projeto mais interessante em que estás a trabalhar atualmente? 

Atualmente, estou envolvido num projeto para a implementação de um sistema de gestão de formações. Este sistema visa otimizar a administração das formações dos colaboradores, reduzindo significativamente a carga de trabalho dos recursos humanos e otimizando todos os processos associados. O principal objetivo é aumentar a eficiência e tornar a gestão de formações mais fluída e eficaz. 

– Qual o projeto que mais te orgulhas de ter desenvolvido na FCCN, serviços digitais da FCT? 

O projeto que mais me orgulho de ter desenvolvido foi justamente o meu primeiro: um sistema de assinatura de e-mail. Foi desafiador, mas ver o sistema a ganhar forma e a ser implementado proporcionou-me uma sensação incrível de realização. O sistema permite que os colaboradores façam a gestão e personalizem assinaturas de e-mail de maneira fácil, padronizando a identidade visual da empresa.  

Aproveito, e convido os colaboradores da FCCN, serviços digitais da FCT que ainda não tiveram oportunidade de utilizar esta ferramenta, para visitarem a página da Intranet e acederem aos links úteis, de forma a encontrarem esta ferramenta!

– Que importância/relevância tem a função de programador para uma organização? 

A função de programador é essencial para o funcionamento de muitas organizações, especialmente no mundo digital de hoje. Os programadores são responsáveis por criar, manter e otimizar sistemas e softwares que suportam as operações diárias de uma empresa.  

O trabalho de um programador pode ter impacto direto em várias áreas da empresa, como na melhoria da experiência do cliente, tornando os sistemas mais rápidos e fáceis de usar. Além disso, a automação de processos internos, que muitas vezes é implementada por programadores, pode reduzir os custos operacionais e aumentar a eficiência.  

A inovação tecnológica também abre novas oportunidades de negócio, permitindo que a empresa ofereça novos produtos ou serviços, o que pode aumentar a competitividade no mercado. Portanto, o programador não é apenas um executor, mas um parceiro estratégico na construção de uma empresa mais eficiente, competitiva e inovadora. 

– Que importância tem o trabalho em equipa para um programador?

O trabalho em equipa é essencial para um programador, não apenas pela troca de conhecimento, mas também pela eficiência que se alcança ao discutir diferentes perspetivas. Cada programador traz uma especialidade e isso permite que o projeto avance de forma mais rápida e com menos erros. 

Além disso, o trabalho em equipa facilita a resolução de problemas complexos, já que alguém pode ver uma solução que talvez outra pessoa não tenha pensado. Isso também promove um ambiente onde o feedback é contínuo, melhorando a qualidade do trabalho executado.  

– Como te manténs atualizado sobre novas tecnologias e tendências na área da programação? 

A área da programação evolui a um ritmo bastante acelerado, por isso, estou sempre atento a várias fontes. Costumo subscrever algumas newsletters específicas sobre linguagens ou áreas que me interessam, como inteligência artificial. 

Além disso, gosto muito de participar em fóruns online como GitHub e Reddit. Há sempre alguém a discutir soluções ou problemas, e acabas por aprender muito. 

Outra coisa que faço é seguir canais de YouTube e podcasts de programadores que partilham dicas e falam das tendências. Mas a melhor forma de aprender, para mim, é meter as mãos na massa. Quando surge uma necessidade em projetos colaborativos, procuro perceber o que há de novo, como funciona e como pode ser útil no meu trabalho. 

– Como vês o futuro da programação e do desenvolvimento de software nos próximos anos? 

Vejo o futuro da programação e do desenvolvimento de software como um cenário extremamente dinâmico e cheio de oportunidades. Com o avanço contínuo da inteligência artificial, acredito que muitas tarefas repetitivas e mais simples serão automatizadas por ferramentas cada vez mais sofisticadas. Já começamos a ver isso com tecnologias que geram código automaticamente e facilitam o processo de desenvolvimento. 

Acredito também que as linguagens de programação continuarão a evoluir, tornando-se mais acessíveis tanto para programadores experientes quanto para iniciantes. O crescimento das plataformas low-code e no-code é um bom exemplo dessa tendência, permite que mais pessoas criem soluções tecnológicas sem a necessidade de um conhecimento técnico profundo. 

Por outro lado, os programadores continuarão a ser essenciais, especialmente em áreas como segurança, otimização de desempenho e desenvolvimento de soluções complexas que as ferramentas automatizadas ainda não conseguem resolver sozinhas.  

Em resumo, acredito que o futuro será marcado por uma maior automação e acessibilidade, mas também por novos desafios e a necessidade de especialização em áreas mais complexas e estratégicas dentro do desenvolvimento de software. 

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