A menos de dois meses do 4.º Encontro de Computação Avançada, que se realizará entre 5 e 6 de novembro, na Universidade da Beira Interior, Irina Moreira, professora e investigadora no Center for Neuroscience and Cell Biology da Universidade de Coimbra, partilhou o seu testemunho sobre a edição de 2023, a primeira em que participou.  
 
A futura edição do Encontro é organizada pela FCCN, serviços digitais da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), em colaboração com a Universidade da Beira Interior.  

Qual é a importância deste evento para a Computação Avançada em Portugal? 

A importância do Encontro de Computação Avançada em Portugal é inquestionável. Este evento serve como um ponto de convergência para investigadores, académicos, profissionais da indústria e outros especialistas da área, promovendo o intercâmbio de ideias e a partilha de conhecimentos sobre as últimas tendências e inovações.  

Além disso, proporciona informações detalhadas sobre a rede nacional de computação avançada e as suas formas de acesso. Fomenta também a criação de redes de colaboração entre várias instituições, tanto nacionais como internacionais, o que é essencial para o progresso científico e tecnológico em Portugal. 

Quais foram os destaques da última edição e o que mais a marcou? 

Um dos principais destaques foi a apresentação de novas formas de acesso a supercomputadores europeus, o que expandiu significativamente as oportunidades disponíveis a nível nacional e facilitou o acesso a esses recursos essenciais.  

Outro ponto relevante foi a introdução de novos recursos da Rede Nacional de Computação Avançada (RNCA), que desempenha um papel crucial na capacitação de empresas e na divulgação das suas modalidades de acesso. 

Os Projetos de Computação Avançada foram outro grande destaque, despertando forte interesse entre os investigadores portugueses. Como co-fundadora da PURR.AI, fiquei particularmente entusiasmada com a aprovação do nosso projeto no concurso mais recente, onde nos distinguimos com uma solução inovadora de inteligência artificial aplicada à computação avançada, utilizando o supercomputador Deucalion. Além disso, as mesas-redondas abordaram questões essenciais como a capacidade de armazenamento de dados, a velocidade de processamento e a viabilidade de centralizar o acesso aos dados num único ponto, acessível livremente à comunidade científica.  

Estes debates foram especialmente relevantes para mim, dado o impacto potencial dessas soluções no avanço da investigação científica em Portugal, onde estou inserida. 

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