No dia 23 de fevereiro, a Unidade FCCN completou mais uma etapa do projeto RCTS100, tornando-se uma das primeiras Redes Académicas do mundo a ativar o segment routing. Conheça o impacto que esta funcionalidade tem na forma como o tráfego é encaminhado para as entidades de ensino superior e investigação, através da rede académica portuguesa, a Rede Ciência Tecnologia e Sociedade (RCTS).
Foi com o objetivo de aumentar o número e a qualidade dos serviços de conectividade prestados pela Unidade FCCN à comunidade de ensino e investigação nacional, que se efetuou uma mudança de paradigma na infraestrutura técnica da rede. Esta mudança foi efetivada através ativação da tecnologia de segment routing, tendo a decisão sido tomada para responder ao aumento do número de serviços prestados, associado à vontade de inovar e de garantir mais e melhores serviços de conectividade.
A principal alteração promovida por esta mudança diz respeito ao encaminhamento de tráfego, que passa a ser baseado em etiquetas ou labels, em detrimento de endereços IP. Esta possibilidade implica várias melhorias tais como tempos de convergência inferiores (<50ms) e aumento da redundância da rede. Isto porque a RCTS passa a implementar caminhos distintos baseados no perfil de tráfego, ou seja, o número de nós atravessado está dependente das necessidades de latência e largura de banda do serviço.
Até aqui, a RCTS tinha-se mantido uma rede puramente IP, recorrendo à tecnologia ethernet para fornecimento dos serviços RCTS IP e RCTS Plus. Durante o ano de 2022, vários serviços de conectividade da Unidade FCCN continuarão a ser reformulados, com enfoque numa maior redundância, capacidade de transporte e simplicidade de utilização para todas as entidades ligadas à RCTS. A automação será também um dos pontos fortes da futura RCTS.
Saiba mais sobre os serviços de conectividade da FCCN.
O que é segment routing?
Criada em 2013, a tecnologia de segment routing consiste numa solução que simplifica o encaminhamento e gestão de tráfego entre domínios de rede. À medida que as redes evoluem no sentido de serem orientadas para serviços, esta é uma solução mais adequada, tornando a rede mais ágil e flexível, ao remover protocolos desnecessários, dispensado a sinalização de caminho (“path signaling”), assim aumentando a redundância e eficiência da rede.